terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Razões sem razão
"O coração tem razões que a própria razão desconhece". Essa frase de Pascal é extremamente sábia. É impossível racionalizar uma emoção, um sentimento. Tentamos sempre encontrar razões para aquilo que é irracional. O amor é, digamos, primitivo. Não é possível encontrar razões lógicas para amar alguém. Tentamos buscar explicações para a "empatia", às vezes imediata, que sentimos por alguém em especial. Talvez tenhamos vivido esse mesmo sentimento em vidas passadas e o repetimos na atual. Talvez o fato de gostarmos das mesmas coisas ou sermos totalmente opostos. Há milhares e milhares de hipóteses que podem ser colocadas aqui para tentar justificar o amor por alguém. Mas isso, na minha modesta opinião, é pura perda de tempo. Nos preocupamos muito em encontrar motivos, razões e explicações e o tempo vai passando, inclemente. E o amor se esvai. Passa por nós e nós o deixamos passar. Como diz a música de Oswaldo Montenegro, Estrada Nova, "Será que é o trem que passou ou passou quem fica na estação?". Viver o hoje e o agora não é 'pecado'. Viver do passado ou pensar somente no futuro é deixar o presente de lado. Sofrer, sentir dor, amar, ser feliz. Vivamos então.
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